Tomás
(Em memória do Tomás Clemente Venâncio)
Nos cimos dos montes pensativos
que amparam no seu regaço a Covilhã
brinca a alma doce e breve
do Tomás menino grande
leve como a sombra de uma pena
porque a inocência não tem peso
no despertar da luz da madrugada
que abre a porta do destino.
Foi por isso que ele entrou no céu
como a coisa mais natural do mundo
quando os portões foram abertos por um hino
de boas vindas à inocência sem pecado
cantado pelo próprio Deus em pessoa
que queria ver o Tomás chegar,
ser que já estava perdoado
por nada haver a perdoar
Adelino Torres